19/06/2023 às 15h30min - Atualizada em 19/06/2023 às 15h30min

Mais de 500 baleias e golfinhos são mortos em temporada de caça nas Ilhas Faroe

Desde maio deste ano, quando começou a temporada de caça, conhecida localmente como "grind", cerca de 500 animais foram mortos, segundo dados oficiais do governo autônomo das Ilhas Faroe, que fazem parte do território dinamarquês. As cenas chocantes das praias manchadas com o sangue dos cetáceos voltaram às manchetes após as recentes caçadas.

Ambientalistas e defensores dos direitos dos animais se manifestaram fortemente contra a rotina, divulgando imagens gráficas. No entanto, tanto o governo dinamarquês quanto o governo das Ilhas Faroe parecem não querer mudar essa realidade. Pelo contrário, sua posição oficial é que a caça é regulamentada e, portanto, sustentável.

O número de mortes registradas este ano está se aproximando da cota anual estabelecida pelo país, que é de 500 animais. As autoridades afirmam que este número satisfaz as necessidades de cerca de 55.000 habitantes do arquipélago. "As capturas de baleias-piloto nas Ilhas Faroe são sustentáveis ​​e há muito tempo são reconhecidas internacionalmente", disse Pall Nolsoe, porta-voz de Assuntos Internacionais do governo autônomo.

No entanto, algumas fontes não oficiais denunciam que os assassinatos são ainda maiores. A Ocean Care, uma organização ambiental focada na conservação marinha e fluvial, informa que aproximadamente 444 baleias-piloto foram capturadas na semana passada: 226 em Vestmanna e 178 em Leynar, ambas localidades situadas na ilha de Streymoy. Em outras palavras, os dados da Ocean Care indicam que dois terços da média anual foram obtidos em menos de uma semana.

“A Ocean Care condena veementemente esses assassinatos devastadores e continua trabalhando para acabar com essas caçadas desnecessárias, antiéticas e cruéis”, afirmou a organização em um comunicado à imprensa.


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