09/10/2023 às 18h21min - Atualizada em 09/10/2023 às 18h21min

Israel bombardeia Gaza e número de mortos em nova guerra passa de 900

Israel atacou os palestinos em Gaza neste domingo, depois de sofrer o dia mais sangrento em décadas, quando combatentes do Hamas invadiram cidades israelenses, com mais de 900 mortos em ambos os lados e a violência crescente ameaçando uma nova e importante guerra no Oriente Médio. Em um sinal de que o conflito pode se espalhar para além de Gaza, Israel e a milícia Hezbollah, apoiada pelo Irã, trocaram tiros de artilharia e foguetes, enquanto em Alexandria, dois turistas israelenses foram mortos a tiros junto com seu guia egípcio.

Os ataques aéreos israelenses atingiram blocos residenciais, túneis, uma mesquita e casas de oficiais do Hamas em Gaza, matando mais de 300 pessoas, incluindo 20 crianças, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, promete "vingança poderosa para esse dia perverso". No sul de Israel, homens armados do Hamas ainda estavam lutando contra as forças de segurança israelenses 24 horas depois de um ataque promovido por milhares de foguetes e homens armados que avançaram contra bases do exército e cidades israelenses, matando pelo menos 600 pessoas, de acordo com a TV de Israel.

Os militantes fizeram dezenas de reféns. "Minhas duas meninas são apenas bebês. Elas não têm nem cinco e três anos de idade", disse Yoni Asher, que viu um vídeo de homens armados sequestrando sua esposa e duas filhas pequenas, com a localização do telefone dela aparecendo agora em Gaza, segundo ele. As forças armadas de Israel, que enfrentam questionamentos sobre sua incapacidade de previr e impedir o ataque, disseram que ainda estavam lutando, mas que haviam recuperado o controle da maioria dos pontos de infiltração ao longo das barreiras de segurança, matado centenas de atacantes e feito dezenas de outros prisioneiros. "Vamos atacar o Hamas severamente e será um longo, longo caminho", disse um porta-voz militar israelense a jornalistas.

Os militares israelenses disseram que enviaram dezenas de milhares de soldados para Gaza, uma faixa estreita de território onde 2,3 milhões de palestinos são obrigados a viver sob os controles impostos por Israel. O exército afirmou ainda que estava começando a evacuar todos os israelenses que viviam na fronteira do território. "Esta é a minha quinta guerra. A guerra deve parar. Não quero continuar sentindo isso", disse Qassab al-Attar, um palestino deficiente de Gaza cujos irmãos o carregavam para um abrigo quando as forças israelenses bombardearam sua casa. O ataque do Hamas lançado na madrugada de sábado representou a maior e mais mortal incursão contra Israel desde que o Egito e a Síria lançaram um ataque repentino em um esforço para recuperar o território tomado por Israel na guerra do Yom Kippur, há 50 anos. O conflito pode prejudicar os movimentos apoiados pelos Estados Unidos para normalizar as relações entre Israel e a Arábia Saudita - um realinhamento de segurança que pode ameaçar as esperanças palestinas de autodeterminação e o Irã, principal apoiador do Hamas.

O outro principal aliado regional de Teerã, o Hezbollah do Líbano, travou uma guerra com Israel em 2006 e disse que suas "armas e foguetes" estão com o Hamas. "Recomendamos ao Hezbollah que não se envolva nisso e não creio que o fará", disse o porta-voz do exército israelense.
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