07/02/2024 às 11h22min - Atualizada em 07/02/2024 às 11h22min

Campinas registra primeiros casos de sorotipos 2 e 3, entenda os riscos

prefeitura de campinas
A Secretaria de Saúde de Campinas recebeu a confirmação dos primeiros casos de dengue na cidade causados pelos sorotipos 2 e 3 do vírus, que não circulavam desde 2021 e 2009, respectivamente. As amostras de sangue dos pacientes foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e antes disso a metrópole só havia registrado o sorotipo 1.

“Esta é a primeira vez em que três sorotipos da dengue circulam de maneira simultânea em Campinas, o que aumenta o risco de casos graves e de as pessoas se infectarem com um vírus que não têm imunidade”, alertou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben. O problema é alertado desde o fim de 2023 pela Prefeitura, quando o prefeito, Dário Saadi, anunciou um pacote de medidas com objetivo de mobilizar a população para cuidados e evitar novas mortes pela doença .

“É importante que a população abra cada vez mais suas portas para os agentes da Saúde e colaborem fazendo sua parte na eliminação semanal de focos de água parada e potenciais criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Além disso, que procure de maneira correta assistência médica se apresentar sintomas. Queremos evitar casos graves da doença e que Campinas tenha vidas perdidas”, ressaltou o coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto de Almeida Marinho Neto. Por enquanto, não houve identificação do sorotipo 4 do vírus da dengue em Campinas. Ele não é registrado na cidade desde 2014, mas já causou infecções em outros municípios.

 
Quem são os mais vulneráveis?
 
Os grupos mais vulneráveis para os sorotipos 3 e 4 são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença e com estes sorotipos. Há risco maior de dengue grave quando uma pessoa é infectada por tipo diferente ao anterior. 
 
 
Os casos confirmados
 
Os moradores diagnosticados com os sorotipos 2 e 3 da dengue foram atendidos por serviços de saúde particulares em Campinas e evoluíram para cura. São eles:
 
Sorotipo 2
Mulher, 39 anos, coleta de exame em 3 de janeiro, residente na região Sudoeste.
Mulher, 37 anos, coleta de exame em 10 de janeiro, residente na região Leste.
 
Sorotipo 3
Mulher, 14 anos, coleta de exame em 18 de janeiro, residente na região Suleste.
 
Como o Adolfo Lutz avalia somente alguns casos para saber o sorotipo, não é possível afirmar se estas foram as primeiras infecções em Campinas para os subtipos 2 e 3, nem precisar a quantidade de casos de cada um. Desde 1º de janeiro a cidade registra 1.949 infectados e nenhum óbito. A atualização das estatísticas foi realizada pela Saúde na terça-feira, 6 de fevereiro.
 
Orientações sobre assistência
 
Caso o morador tenha febre e mais dois sintomas associados (dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular, dor atrás dos olhos), ele deve procurar um centro de saúde de Campinas para receber atendimento e orientações.
 
Por outro lado, se apresentar tontura, dor de abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, a busca por auxílio deve ser feita em pronto-socorro ou em UPA.

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