O programa habitacional tem sido alvo de discussões nos últimos dias. Atualmente, as casas ainda não estão prontas e são compostas por dois cômodos e a previsão é abrigar 450 pessoas em 116 unidades, o que resulta em uma média de quatro pessoas por casa. Após assinarem o contrato, as famílias terão um prazo de seis meses para começarem a pagar o financiamento.
Durante um evento no Pará no último final de semana, Lula abordou o tamanho das moradias e comparou com programas habitacionais do Governo Federal, que, segundo ele, oferecem residências de 41 m². O presidente também retomou o assunto em uma transmissão ao vivo nesta segunda-feira (19), afirmando que a iniciativa em Campinas contribui para a "degradação do ser humano".
"É importante discutirmos as palafitas e o processo de degradação em que vivem seres humanos. Essa ideia do prefeito [de Campinas] de construir casas de 15 metros quadrados. Se essa moda pega, em breve estaremos construindo poleiros para abrigar as pessoas. É um absurdo dos absurdos", criticou Lula.
Por sua vez, Saadi afirmou que, apesar das declarações recentes, o Governo Federal não procurou a Prefeitura para obter mais informações sobre a ação. "Ficamos ainda mais indignados porque ninguém do Governo Federal se informou antes de o presidente fazer críticas. Consideramos essa agressão injusta vinda de alguém que não conhece a realidade e que só pode ser justificada pela intenção de antecipar a disputa pela Prefeitura de Campinas".
"Estamos chocados com a agressividade do presidente da República. Não entendemos qual é o objetivo dele com isso. A única coisa que justifica essa declaração do presidente é antecipar a disputa política em Campinas, atacando e prejudicando o prefeito", declarou Saadi.